Ilustrar é sonhar com as mãos


"Texto de  BEGÊ"


"Rapunzel" de Maria Eduarda Grossi Salum (minha sobrinha de 4 anos)

Depois de passar anos assistindo desenhos animados, lendo histórias em quadrinhos e brincando de super herói durante a infância, existem pessoas que crescem e esquecem desse mundo, porém tem pessoas que acabam voltando no tempo, recordando o passado e dando vida ao universo infantil. Somos nós, os ilustradores. Muito trabalho, muito estudo, muita disciplina, mas também muita diversão!
Quando criança, todos nós gostávamos de desenhar, colorir, rabiscar paredes e pessoas. Hoje, não é diferente, continuamos assim. Rabiscando tudo o que vemos pela frente, a única diferença é que fazemos disso uma profissão. Muito nos agrada em transformar o que era brincadeira em um estilo de vida, e tornar esta brincadeira algo muito sério.




O profissionalismo de um ilustrador é o principal ponto de partida para o reconhecimento e para o sucesso profissional. É difícil sim fazer de algo que você se diverte a sua profissão. Por isso, não podemos confundir as coisas. Existem regras e disciplinas para aproveitar este prazer da vida.
Quando pensamos em “MENINO MALUQUINHO” e “TURMA DA MÔNICA” lembramos logo da caricatura do Ziraldo e do Maurício de Sousa. Recordamos como era bom comprar as revistinhas nos fins de semana... Hoje, parece que ainda somos crianças ao ver de perto estes ilustradores que, na infância, eram mágicos. E isto acontece mesmo!


Maurício de Sousa, Begê Ilustrador e Diane Mazzoni

Como estamos imersos neste lúdico mundo, precisamos de referência. Assim, buscamos livros antigos e atuais, voltamos a ver desenhos animados, a comprar quadrinhos e acompanhar o atual mundo infantil. Hoje, quando saímos para cafés, livrarias e lojas e vemos algo voltado para as crianças nas vitrines, a gente não aguenta e... acaba comprando. Muitas vezes, livros ou até mesmo brinquedos. As atendentes nos perguntam: “é pra presente?”, ou você diz: “não, é pra mim mesmo” e sorri ou então você gagueja “é, é pra presente”. Uma sensação boa de voltar aos velhos tempos...




Caí neste mundo lúdico junto com minha esposa Diane Mazzoni, que por sinal ama esse lado infantil, e investimos tempo e dinheiro nessa área, sendo muito felizes e fazendo o que gostamos. Vamos ao cinema para ver filmes baseados em quadrinhos, o que agora está mais comum, devido a força que esta 9º arte adquiriu.

Hoje, um caderninho dentro da mochila é sagrado. Um estojo abarrotado de lápis e canetas. Onde estivermos, sempre pode surgir uma vontade de desenhar. É assim, pergunte a qualquer ilustrador, e veja o mundo em que vivemos. Não só a ilustração faz com que o adulto retorne à infância. Atualmente, artes visuais e músicas voltadas para as crianças também são comuns na mídia e no circuito cultural. Temos como exemplo Adriana Partimpim, Palavra Cantada e Pequeno Cidadão (banda formada por Arnaldo Antunes e Edgar Escandurra).




Bom, ao longo dos dias vou detalhando mais coisas sobre este lindo mundo mágico da infância e o que nos torna muito felizes, a ilustração. Se você acha que não existem ilustradores profissionais, está completamente enganado. Isso eu garanto. Mas não precisa saber, apenas sinta algo bom ao ler um livro infantil.
Grande abraço e até a próxima.

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