"Este e mais textos no site de HIRO" www.hiro.art.br
Como o blog vem sendo acessado por muitos ilustradores em começo de carreira e estudantes, vou comentar sobre um fato que aporrinha 10 entre 10 desenhistas brotinhos (e também aqueles com taxímetro rodado há muito tempo):
Como cobrar por um desenho?Antes de dizer como cobrar, é melhor dizer como não cobrar:E aprendi na porrada que você não vende desenho. O ilustrador não vende ilustração.
Ele vende o direito de uso do desenho.
Por exemplo, um cliente pede pra você desenhar um patinho amarelinho.Você não vai cobrar pela folha de papel com o patinho ou o CD com a imagem.O que você vai cobrar pelo cliente é o direito dele usar esse patinho e o tempo que ele quiser ficar com ele.
O cliente não fica com a imagem do patinho, ele é seu. A Lei dos Direitos Autorais assegura isso.Então, se ele usar o patinho pra pendurar no quarto da filha é um preço. Se usar em uma embalagem é outra. Se for página dupla na Veja, esfregue as mãos. E se ele quiser ficar com o patinho pra ele, tem que pagar duas ou três vezes, ou até mais, o valor original.Para isso existem contratos e advogados.
A primeira coisa que o desenhista que quiser entrar por ramo da ilustração é a verdade nua e fedorenta:
Ele tem que aceitar que ilustração serão negócios. Uma relação comercial entre ele e o cliente. Quem quiser virar artista que procure um atelier. E mesmo artistas sérios tratam seu trabalho como negócios. Onde vamos parar desse jeito, ó meu Deus?Mas aí você pensa, pra que fazer isso? O cara é gente fina, é fácil de fazer, porque não dou o desenho pra ele?Porque ilustrador é um bicho solitário. Ele só pode contar com ele mesmo até chegar na velhice, que espera ser tranqüila o suficiente para não ter que ficar catando latas no meio da rua.
Depois do tempo estipulado por contrato, os direitos das ilustrações voltam pra você.Com o tempo, você vai acumulando esses desenhos. Você tem um banco de imagens particular. Pra vender pra quem quiser no futuro. Ou seja, você tem uma fonte de renda extra, explorar desenhos que já foram feitos para outros clientes. Potencializar seus ganhos.E outra, se você tiver filhos, eles irão herdar esse banco de imagens. E eles poderão ter renda vendendo os direitos dessas ilustrações. Você vai deixar algo de valor, se não pra você, pra quem precisa depois que você bater as botas.Mas como estipular um preço pra isso?Não é uma tarefa muito fácil. Cada ilustrador tem uma fórmula particular de se chegar num valor. Não existe um consenso geral. Mesmo as tabelas de preços que vejo por aí tem uma defasagem grande. Não dá pra generalizar “preço de página dupla em revista de grande circulação por XX reais”. Quando alguém pergunta “quanto você cobra pra fazer um anúncio?” eu sempre digo “depende”. Porque depende de tudo.
Mas de um modo geral, dá pra fazer dessa maneira. Pelo menos funciona pra mim.
1 – Estipule quanto custa uma hora do seu trabalho. Vai depender de ilustrador para ilustrador. Por causa da experiência, não por causa da lerdeza. Tem gente que cobra 50 reais, outros 250. Digamos que você cobre 50 reais a hora, valor que você estipulou pra ser sua unidade de cobrança. Essa é sua base de cálculo. Daí você sabe a base de custo de um desenho fácil ou de grande complexidade. Um desenho que leva duas horas tem como base 100 reais, um que leva 48 horas tem 2500 reais como base, por exemplo.
E como dá pra saber quanto se cobra por hora? De modo geral, você tem que calcular todos seus gastos fixos mensais – aluguel, água, luz, impostos, gasolina, contador, escola, plano de saúde, férias, aposentadoria, horas não trabalhadas, adicionais… Só não vale colocar iPod e Playstation 3 nesse cálculo. Com o gasto mensal você divide pelos número de dias que você trabalha por mês. Tem gente que trabalha 30, outros 20. Eu divido por 25. Esse número é quanto você tem que ganhar por dia. Divida o valor diário pelo número de horas que você trabalha por dia e tcharam! Você vai ter seu custo-hora. Vai saber quanto custa uma hora da sua vida em termos profissionais! O foda é que tem muita gente que descobre que o pedreiro que está reformando a sua casa cobra mais por hora do que você.
O site americano Freelance Switch ajuda muuito a fazer esses cálculos.
Mas esse valor é a base, é com ele que você não passa fome nem vira caloteiro.Mas pensemos grande, ninguém aqui quer trabalhar só pra pagar contas, certo?2- Some a esse valor base um percentual caso ele tenha sido feito em um final de semana, varando a noite, no Natal. O que a gente costuma chamar de taxa de urgência ou bandeira 2.
3 – Sempre pergunte qual a finalidade do desenho. Aí é que a porca torce o rabo, porque os critérios têm variáveis demais.Usando o valor base, você vai acrescentar percentuais.Uma porcentagem a mais dependendo de onde o desenho vai sair. E essa porcentagem vai depender de tamanho da ilustração na mídia, importância, quantidade de veiculação, tempo de veiculação. O mesmo patinho tem valores diferentes se ele vai numa embalagem de doce, num folheto para divulgação no bairro ou numa página dupla da Veja.Esses percentuais podem variar de 30% a 500% a mais, dependendo do caso.4-Acrescente o que for necessário (BVs, despesas materiais, percentuais de extendimento de pagamento, etc., etc.) ou reduza também o que for necessário (descontos por pacote, por pagamento adiantado, abatimento pela natureza do serviço, etc).
5 – Some de 12 a 20% desse valor para impostos e outros encargos, dependendo do tipo de firma que você tiver (depende do valor da nota que você vai emitir, os temíveis DARFs e DAMSPs é que regulam isso). Converse com o contador antes pra saber se também não vai ter que pagar impostos trimestrais referente a esse valores. Se a Madame Sorte sorrir pra você e conseguir um trabalho que lhe pague regiamente, pode ser que uma das conseqüências seja a mudança do tipo da sua empresa, de Simples para Lucro Presumido, o que aumenta bastante os impostos. Mas não se preocupe, você paga o contador justamente pra saber dessas coisas.
Se você é autônomo que emite RPA (recibo de autônomo), não tem a dor de cabeça de ter um firma aberta, mas em compensação os impostos são maiores.
Tcharam! Você tem um valor correto do seu trabalho e você não tem a sensação de estar na cabine do Silvio Santos trocando um carro por um palito de pirulito.Mas prestem atenção: Essa é a minha fórmula, a minha maneira de cobrar. Existem outras maneiras e fórmulas, mas essa é a que acredito ser mais correta, sem ser antiético e nem sair no prejuízo.Não se iludam, nem tudo é reto e simples como uma régua.Existem trabalhos fáceis de serem cobrados. Existem trabalhos em que o cálculo de orçamento vira um quebra-cabeça, mesmo tendo uma planilha dessas ao lado.O que é pecado entre os ilustradores:Achatar o preço com medo de perder o cliente ou pra tentar pegar um trabalho na marra, por insegurança ou avareza.Isso é como o aquecimento global. Você faz a burrada e os efeitos só vão surgir daqui a alguns anos. Nesse caso, a diminuição da renda do ilustrador.Aí quem sabe você nunca mais irá fazer desenhos de graça pra ninguém.
Fonte: http://www.hiro.art.br/widonid/2007/05/21/o-valor-de-um-desenho/
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Como o blog vem sendo acessado por muitos ilustradores em começo de carreira e estudantes, vou comentar sobre um fato que aporrinha 10 entre 10 desenhistas brotinhos (e também aqueles com taxímetro rodado há muito tempo):
E aprendi na porrada que você não vende desenho. O ilustrador não vende ilustração.
Ele vende o direito de uso do desenho.
Para isso existem contratos e advogados.
A primeira coisa que o desenhista que quiser entrar por ramo da ilustração é a verdade nua e fedorenta:
Porque ilustrador é um bicho solitário. Ele só pode contar com ele mesmo até chegar na velhice, que espera ser tranqüila o suficiente para não ter que ficar catando latas no meio da rua.
Não é uma tarefa muito fácil. Cada ilustrador tem uma fórmula particular de se chegar num valor. Não existe um consenso geral. Mesmo as tabelas de preços que vejo por aí tem uma defasagem grande. Não dá pra generalizar “preço de página dupla em revista de grande circulação por XX reais”. Quando alguém pergunta “quanto você cobra pra fazer um anúncio?” eu sempre digo “depende”. Porque depende de tudo.
Mas de um modo geral, dá pra fazer dessa maneira. Pelo menos funciona pra mim.
1 – Estipule quanto custa uma hora do seu trabalho. Vai depender de ilustrador para ilustrador. Por causa da experiência, não por causa da lerdeza. Tem gente que cobra 50 reais, outros 250. Digamos que você cobre 50 reais a hora, valor que você estipulou pra ser sua unidade de cobrança. Essa é sua base de cálculo. Daí você sabe a base de custo de um desenho fácil ou de grande complexidade. Um desenho que leva duas horas tem como base 100 reais, um que leva 48 horas tem 2500 reais como base, por exemplo.
E como dá pra saber quanto se cobra por hora? De modo geral, você tem que calcular todos seus gastos fixos mensais – aluguel, água, luz, impostos, gasolina, contador, escola, plano de saúde, férias, aposentadoria, horas não trabalhadas, adicionais… Só não vale colocar iPod e Playstation 3 nesse cálculo. Com o gasto mensal você divide pelos número de dias que você trabalha por mês. Tem gente que trabalha 30, outros 20. Eu divido por 25. Esse número é quanto você tem que ganhar por dia. Divida o valor diário pelo número de horas que você trabalha por dia e tcharam! Você vai ter seu custo-hora. Vai saber quanto custa uma hora da sua vida em termos profissionais! O foda é que tem muita gente que descobre que o pedreiro que está reformando a sua casa cobra mais por hora do que você.
O site americano Freelance Switch ajuda muuito a fazer esses cálculos.
2- Some a esse valor base um percentual caso ele tenha sido feito em um final de semana, varando a noite, no Natal. O que a gente costuma chamar de taxa de urgência ou bandeira 2.
4-Acrescente o que for necessário (BVs, despesas materiais, percentuais de extendimento de pagamento, etc., etc.) ou reduza também o que for necessário (descontos por pacote, por pagamento adiantado, abatimento pela natureza do serviço, etc).
5 – Some de 12 a 20% desse valor para impostos e outros encargos, dependendo do tipo de firma que você tiver (depende do valor da nota que você vai emitir, os temíveis DARFs e DAMSPs é que regulam isso). Converse com o contador antes pra saber se também não vai ter que pagar impostos trimestrais referente a esse valores. Se a Madame Sorte sorrir pra você e conseguir um trabalho que lhe pague regiamente, pode ser que uma das conseqüências seja a mudança do tipo da sua empresa, de Simples para Lucro Presumido, o que aumenta bastante os impostos. Mas não se preocupe, você paga o contador justamente pra saber dessas coisas.
Se você é autônomo que emite RPA (recibo de autônomo), não tem a dor de cabeça de ter um firma aberta, mas em compensação os impostos são maiores.
Aí quem sabe você nunca mais irá fazer desenhos de graça pra ninguém.
Fonte: http://www.hiro.art.br/widonid/2007/05/21/o-valor-de-um-desenho/
Acertou em cheio! A pior parte para um ilustrador iniciante é saber como cobrar. Preciosas essa dicas, obrigada!
ResponderExcluirMuito bom o post. Sobre os valores a cobrar por ilustrações, é difícil colocar na cabeça de alguem que estuda e mora com os pais que ele pode e deve valorizar seu trabalho até para nao abrir precedentes aos clientes de quem realmente tem despesas com o leitinho das crianças.
ResponderExcluirAqui em Curitiba é muito comum os clientes entrarem em contato barganhando baseados nos valores cobrados por alguns ilustradores prostitutas. Lamentável.
Abraço
Excelente post como sempre. Continuem sempre assim, orientando ilustradores iniciantes. Quando tiverem um tempinho acessem meu blog:
ResponderExcluirwww.liofreitas.blogspot.com.br
Eu desenho pro meu tio a troco de jujubas, mas esses dias ele me deu um polystation! DEMAIS!
ResponderExcluirBom o post, só acrescentaria aí o conceito de auto-publicidade. Explico: se vc nunca ilustrou uma página dupla de Veja e sabe que um serviço assim alavanca um lote de outros projetos, pode considerar parte do lucro que vc NÃO terá com este trabalho, como verba de desenvolvimento de mercado, deixando claro ao cliente que vc está fazendo este preço porque interessa a você aumentar a sua participação neste segmento. NUNCA CLARO, dizer que nunca fez, mas que quer AUMENTAR (sair do zero para o um aumenta, então não estamos mentindo!) Claro que fica melhor na fita se o cliente for uma ONG ou uma entidade benficiente. Vc lucra colocando seu trabalho em uma grande revista, em página duplas, e a entidade lucra diretamente com os resultados da divulgação! Eu já fiz muito isto, e funciona bem!
ResponderExcluirgrande post! alguém sabe onde é possível encontrar modelos de contrato de cessão dos direitos e dicas neste sentido?
ResponderExcluirParabéns pelo texto claro e honesto. Estou recomendando no meu blog e twitter.
ResponderExcluirAbraços!
Alê Nagado
www.nagado.com
www.nagado.blogspot.com
Excelente, a cada dia eu aprendo mais com vcs, obrigado e continuem assim
ResponderExcluirMuito bom, vocês estão dando uma luz aos iniciantes como eu, parabéns...
ResponderExcluirhttp://estevesarthur.carbonmade.com/
Ei Lilly
ResponderExcluirna SIB há uma parte de download que tem CCDA
Envio o link deles dentro do site da SIB ok
Abraço
http://www.sib.org.br/
CCDA Ilustra Publicidade
CCDA Layout Publicidade
CCDA Orçamento
CCDA Personagem
CCDA Revista
Lei Direitos Autorais
Orçamento Padrão
É isso aí! Seu método é o mais claro e mais bem definido que encontrei! Espero que todos se enquadrem nele e não fiquem quebrando a cabeça enlouquecidos porque não sabem mais como se virar e não têm saída para a enrascada que se meteram!.. enrascada essa que acaba sobrando para outros, pois se um entrega seu trabalho a preço de banana, o cara vai falar para outro ilustrador que fulano faz mais barato e não faz essa exigência!... Só que fulano depois vai esmolar e ter que procurar emprego porque não soube fazer o certo!
ResponderExcluir=]
ResponderExcluirMuito bacana o texto, para mim um grande toque, porque até hoje o poucos trabalhos que fiz nunca tive esse controle tanto da forma cobrança e muito menos os direitos sobre a ilustração.
Surgiu uma duvida aqui, nessa questão de direitos autorais, no caso de uma estampa para camiseta com a logomarca inserida no desenho ou mesmo somente em um canto, o desenho continua sendo do desenhista ou não?
ResponderExcluirp.s:desculpem o anonimo, vou me cadastrar.rs.
Cara dei moh valor!!! xD
ResponderExcluirEu queria saber sobre direitos autorais quando se está empregado. Se os direitos de uso vão exclusivamente para a empresa da qual está contratado.. Se ela pode vender a ilustração para outras empresas do jeito que quiser.
ResponderExcluirPuxa, muito bom...adorei!!!
ResponderExcluirMeu Deus, nada é mais difícil do que estabelecer um valor para o desenho... A gnte acaba pecando muito qndo desenha para os amigos e não cobra, ou mesmo cobra um valor irrisório!!!
Valew pelas dicas...Agora o negócio vai srrs
Muito legal o texto! Achei o texto justamente pq estou começando no ramo e gostaria de ter uma noção. Esse texto ajudou em vários aspectos. Também estou procurando saber sobre direitos autorais, etc. Também estou procurando sobre trabalhos 3D (animações, amquetes, etc).
ResponderExcluirNovamente, muito legal o post! :D
Legal, eu também costumo cobrar dessa forma, mas acho que poderia fazer um outro post (se já não tiver feito), explicando como emitir nota, e todos esses tramits fiscais, que pra muito ilustrador em inicio de carreira se torna um bicho de sete cabeças.
ResponderExcluirAbraço!
Muito importante as informações!! Mas tenho uma dúvida sobre os Direitos Autorais. Todos os desenhos de ilustração devem ser registrados no INPI como desenho industrial ou patente? Existe outra forma com custo mais baixo de registrar os desenhos?
ResponderExcluirAlguém sabe esta informação?
Estou com uma duvida eu desenhos a alguns anos já e quero começar a desenhar pra estúdios de tatuagem e não sei quanto cobrar por uma serie de desenhos, não sei se cobro por hora ou pela serie completa e nem quanto cobrar, se puder me ajudar serei grato obrigado
ResponderExcluirOla, o meu nome e Cícero , adorei sua materia explicou tantas coisas.Mas gostaria de lhe pergunta já ouviu falar nesta ilustradora MARIA CECILIA MARRA MENDONÇA , algumas vezes ela assinava suas ilustrações por CECILA ou ciça, ela ilustrou muito livros infantis e tambem livros didaticos desde de 1977(ano em que foi contrada pela editora IBEP)para ilustra livros didaticos para autora Deborah Padua Mello Neves com o titulo portugues moderno,Mas tambem ilustrou para Ruth Rocha, Yolanda Marques,no ano 1985 ate 1990 ela ilustrou a serie "NO REINO DA ALEGRIA"(didaticos),da autora DORACY DE PAULA FULLEIRO DE ALMEIDA no ela fez maravilhosas ilustrações.
ResponderExcluirgrato.
Oi! Obrigada pelas informações, muito úteis. Eu estou precisando daquela ajudinha básica. Faço desenhos há muito tempo, mas só por lazer. Agora o dinheiro tá pouco e estou pensando em vender. Mas não sei como, sabe quando você não sabe como? Então, só desenho à mão, pretendo investir em cursos mas agora nem dá. Poderia me lançar uma luz? Obrigada :)
ResponderExcluirpreciso de alguns esboços, rosto de pessoas ficticias. interessados em fazer para mim contatar o e-mail hellen.flavia_@hotmail.com
ResponderExcluirGostaria de apresentar meus trabalhos a vocês feitos com o mouse e a famosa ferramenta arcaica paint. Espero que curtam. http://zeruelastudius.blogspot.com.br
ResponderExcluirOlá, bom dia, muito boa a matéria me ajudou a esclarecer vários pontos!
ResponderExcluirMas e no caso de uma editora querendo usar uma ilustração minha já feita na capa de um livro? Ela disse que "a tiragem é de 300 exemplares, um projeto bem simples para um autor estreante, de modo que temos um orçamento apertadíssimo". Como entra o calculo para ser justo?